Recobrimentos brilhantes obtidos por impressão jato de tinta: Influência da natureza do esmalte base
C. Blanco Sánchez
Resumo
Nos últimos anos, as tintas para impressão jato de tinta utilizadas na indústria cerâmica evoluíram muito e passaram de tintas pigmentadas, necessárias para a decoração cromática das placas cerâmicas, a tintas de efeito, utilizadas para modificar suas propriedades superficiais, sejam mecânicas, químicas ou estéticas. Em todos os casos as tintas não contêm pigmentos cerâmicos, mas são suspensões de outros materiais de natureza inorgânica que, durante a queima, geram os diversos efeitos: brilho, mate, reativo (camaleão), etc. A tecnologia jato de tinta é então utilizada somente como meio de deposição e a maior dificuldade consiste em selecionar e otimizar a composição e espessura das diversas camadas que são aplicadas. Neste trabalho foi estudada a variação de brilho de recobrimentos brilhantes obtidos pela aplicação por jato de tinta de efeito, sobre placas cerâmicas cruas com esmaltes de base de diferentes naturezas, seguida de posterior queima. Ao correlacionar esta propriedade com a microestrutura dos recobrimentos obtidos comprovou-se que esta depende da espessura efetiva do recobrimento. Esta espessura é determinada pela interação entre o material depositado e os componentes do esmalte base.
Palavras-chave
Referências
[1] Sanz, V. Avances en la tecnología de decoración digital de baldosas cerámicas. QUALICER. XIV Congreso Mundial de la Calidad del Azulejo y del Pavimento Cerámico. Castellón, 2016.
[2] Farrier, L.M., Influence of surface roughness on the specular reflectance of low gloss coatings using bidirectional reflectance measurements. Technical Memo. Air Force Research Lab Wright-Patterson AFB OH Materials and Manufacturing Directorate, OH (USA). 2006. http://www.dtic.mil/get-trdoc/pdf?AD=ADA464906
[3] JJärnström, J.; Ihalainen, P.; Backfolk, K.; Peltonen, J. Roughness of pigment coatings and its influence on gloss. Applied Surface Science, 254, 5741–5749, 2008.
[4] Chadwick, A.C.; Kentridge, R.W. The perception of gloss: A review. Vision Research 109, 221–235, 2015.
[5] Hunter, R. S. Methods of determining gloss. Journal of Research of the National Bureau of Standards, 18 (1), 19–41, 1937.